segunda-feira, 24 de outubro de 2011

MEDITAÇÃO

Lei do Levirato
Dt.25.5-10 (RC)
 Cada povo tem seu jeito de ser; hábitos e normas sociais que lhe são caractesticos. O povo de Israel não foge a esta regra.
 Ao ler a Bíblia, encontramos muitas coisas que são ou foram bem características dos israelitas. Às vezes, é necessário pesquisar muito para encontrar o porquê de certos hábitos deles. Por exemplo, havia entre eles uma tal de "Lei do Levirato" que era um tanto esquisita.

 Por essa lei, quando um homem casado morria sem deixar filhos, um de seus irmãos tinha que casar-se com a mulher dele e o falecido era considerado pai do primeiro filho de sua viúva. Estranho, não?
 Mais estranho ainda era o que faziam com um homem que se recusasse casar com a viúva de seu irmão. Veja o que diz o texto que lemos no início:
 Dt. 25.7-10: "Porém, se o tal homem não quiser tomar sua cunhada, subirá então sua cunhada à porta dos anciãos, e dirá: Meu cunhado recusa suscitar a seu irmão nome em Israel; não quer fazer para comigo o dever de cunhado. Então os anciãos da sua cidade o chamarão, e com ele falarão; e, se ele ficar nisto, e disser: Não quero tomá-la; Então sua cunhada se chegará a ele aos olhos dos anciãos, e lhe descalçará o sapato do pé, e lhe cuspirá no rosto, e protestará, e dirá: Assim se fará ao homem que não edificar a casa de seu irmão. E o seu nome se chamará em Israel: A casa do descalçado".
Viu só o detalhe dos pés descalços? Mas o que tem a ver o querer casar com a cunhada com andar descalço?
Vejamos as implicações:
1) Exceto em situações bem específicas, andar descalço é uma manifestação de deselegância. Imagine um homem, em um encontro social, todo bem vestido, mas sem nada nos pés: é deselegante.
Deselegante também era rejeitar a cunhada quando todos esperavam que acontecesse o casamento. Era humilhante para a moça. Afinal, perguntariam os que tomassem conhecimento de tal recusa, por que ele não quer se casar com ela: é porque ela é feia, é pouco inteligente, ou o quê? É deselegante deixar uma pessoa, ainda mais uma mulher, numa situação dessas.
2) Andar descalço costuma também ser incômodo, a não ser dentro de casa ou na praia. O sujeito, depois de se recusar a cumprir o seu dever de cunhado, andava na rua pisando em pedras e espinhos, sem nada a proteger-lhe os pés, para sentir na pele como é que se sente alguém que foi rejeitado publicamente.
 Já pensou a situação de uma jovem senhora, sendo apontada na rua pelos fofoqueiros: "Aquela ali é a mulher que nenhum cunhado aceitou como esposa. Também, feinha como ela é ... tadinha!"
Quem expõe os outros a situações de desconforto precisa saber o quanto sofrem suas vítimas, para ponderar melhor suas ações. Só faça com os outros o que você quer que façam com você. Aliás, foi exatamente isso o que Jesus nos ensinou: "Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas" (Mt. 7.12).
3) Andar descalço é uma situação que impõe limites. Uma pessoa, com os pés descalços, não pode ir muito longe. Depois de andar uma certa distância, os pés estarão tão maltratados que ela terá que parar.
Assim é alguém que vive humilhando os outros: não vai muito longe, não. Uma hora vai ter que parar. Os exaltados serão humilhados (Mt. 23.12). Há um Deus no céu que "eleva os humildes, e abate os ímpios até a terra" (Sl. 147.6).
Conclusão
 A lei do levirato não existe mais, nem mesmo entre os judeus. Mas seus princípios são muito bons e atuais. É bom que cada um de nós cuide para não ser deselegante, nem injusto com os nossos semelhantes. Nossos padrões de justiça e moralidade precisam ser elevados e firmes. Isso, certamente, nos proporcionará uma situação de conforto e segurança.
 Os melhores princípios para uma vida de paz com Deus, de harmonia consigo mesmo e de bem relacionar-se com os semelhantes estão embutidos no Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. É por isso que Ef. 6.15 nos exorta a calçar os pés "na preparação do evangelho da paz". Use esse calçado. Ele é bonito, confortável e resistente.
 Quando estamos numa fila e alguém favorece que um amigo seu entre na nossa frente, ficamos revoltados. Mas quando a situação é inversa, nós gostamos. Gostamos de colocar amigos nossos na frente dos outros e gostamos mais ainda quando alguém nos coloca na frente.
 Como se pode ver, na questão do respeito às filas e em muitas outras situações comuns da vida, temos a oportunidade de mostrar respeito ou desrespeito aos princípios bíblicos.

















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